No dia em que as trombetas soaram, tudo parecia correr de feição. As crianças e os anciãos adiantaram-se a todos os outros no entusiasmo pré-festivo, as mulheres engrinaldaram-se com a antecedência estritamente necessária à manutenção do penteado, os de sangue azul colocaram opulentas coroas esmaltadas nas capas de veludo vermelho cor-de-sangue, o rio correu, como sempre, para sul. Falou-se também de impostos, de desemprego, de carestia, de estrangeiros, e todos fumavam, e todos bebiam e todos eram felizes.
Apenas os pobres continuavam sem ilusões patrióticas e de todos, os loucos, veriam tudo às avessas, as máscaras, o sangue e a fanfarronice invadir o mundo dos vivos. «É tempo de aprender a nadar companheiros, aprender a nadar!», diriam.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
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